Dia 22

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📈 Vamos lá então ver as curvas
O ritmo de crescimento dos casos acumulados mantém-se estável. O ajustamento das curvas continua 'demasiado perfeito'. No entanto, a curva logística ajusta ligeiramente melhor do que a exponencial e nota-se que os valores observados têm ficado sistematicamente abaixo do esperado pela regressão exponencial (ou seja, o desvio é fraco, mas é sempre para o mesmo lado).






Comparando os dados reais com a 'previsões' que era possível fazer nos períodos anteriores, dá a sensação que estamos a 'atrasar' a evolução: hoje atingimos o número de casos que o modelo previa para ontem. Este mesmo tipo de 'sensação' também me ocorre quando comparo os dados de Portugal com os de Espanha e Itália. Faço essa comparação no gráfico seguinte: estabeleço a origem do gráfico no dia em que foi alcançado um número de casos semelhante e suficientemente grande para começar a fazer 'disparar' o crescimento (150 em Itália, 166 em Espanha e 169 em Portugal - corresponde ao dia 0 no gráfico). Depois é ver a evolução nos dias seguintes: mantém-se muito parecida até ao sexto dia, mas depois Portugal começa a atrasar relativamente aos vizinhos. Hoje, o nono dia, temos os mesmos casos que Itália (e um bocadinho menos do que Espanha) tinha(m) no oitavo  dia.



A minha interpretação é que continuamos numa curva logística bonitinha, mas estamos a 'atrasá-la'. Talvez seja o efeito deste soft lockdown em que estamos há uma semana, ou talvez seja simplesmente o efeito de uma política restritiva de testes. Creio que só teremos uma ideia mais precisa quando os casos graves e as mortes entrarem no período de crescimento mais acelerado e deixarmos de olhar para o total de casos, que é muito dependente da 'liberalidade' dos testes...
De qualquer modo, o desenho abaixo ilustra o efeito que se pode esperar daqui por uns tempos, se estiver certa esta minha sensação de que a progressão mantém uma forma ajustada à teoria, mas com 'atraso'. Acentuar esse 'atraso' dependerá sobretudo da força do lockdown. 🔉 FIQUE EM CASA!

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